quinta-feira, 15 de setembro de 2016

E se abrir os dados não for politicamente correto?

"Aprende-se autonomia e cidadania no exercício da cidadania, em espaços de liberdade responsável, onde se pratica a escuta atenta e e se respeita a diversidade de opinião" (José Pacheco, educador)


Pesquisa realizada pela empresa Lateral Economics, publicada pelo Open Data Institute (clique aqui para ver) mostra que os dados abertos criam mais valor para a sociedade que os dados não abertos. Segundo o trabalho, os dados abertos geram 0,5% do PIB a mais de valor, a cada ano, do que os dados que os usuários têm de pagar para obter.

A cultura de dados abertos não é, portanto, apenas "politicamente correta", ela é mais eficiente e eficaz para a sociedade. Ela permite que os diferentes agentes econômicos e sociais tomem decisões de maior qualidade e com menor riscos. E aumenta a democracia. Na sociedade do conhecimento, o acesso livre aos dados é uma condição necessária para impedir que grandes grupos, como Google ou Facebook, se tornem os todos poderosos controlando nossas vidas.

Do meu ponto de vista, o mais importante é que o desenvolvimento da cultura de dados abertos aumenta o protagonismo social, transferindo o poder para as pontas, estimulando o empreendedorismo, a inovação e a processo de aprendizagem. Como afirma o educador português José Pacheco:
Prefiro falar de protagonismo do que falar em autonomia. A autonomia é um conceito de vasto espectro semântico, mas é sempre construída num exercício de relação. Isto é, ninguém é autônomo sozinho. A aprendizagem não está centrada no professor nem no aluno, mas numa relação, que pressupõe a existência de vínculos cognitivos, políticos, afetivos e emocionais, nos quais o sujeito que está aprendendo se assume protagonista com os outros.

Pensando nisso o Crie (Centro de Referência em Inteligência Empresarial) se associou ao Open Data Institute e se tornou um nó desta rede mundial pelos dados abertos, co- fundada em 2012 pelo inventor da web Sir Tim Berners-Lee e por um dos maiores especialistas em Inteligência Artificial, Sir Nigel Shadboltm, para enfrentar os desafios globais usando a rede de dados digitais.




Cada pessoa pode se associar ao ODI pagando uma anuidade, mas agora em setembro, o ODI-RIO está promovendo uma campanha de filiação onde as primeiras 200 pessoas que se associarem ao ODI não terão que pagar nada pela anuidade. Veja todos os detalhes e os benefícios desta associação clicando na imagem acima ou neste link aqui. Mas corra, porque a promoção é por tempo limitado.

Muitos são pessimistas em relação ao futuro do mundo ou do Brasil. Eu não. Na verdade, não encado o futuro com otimismo, mas com esperança. O otimismo é da ordem da crença e tem um horizonte curto e determinado, enquanto a esperança tem a marca da visão de mundo e da eternidade. Quem tem esperança sabe que no mundo complexo e cada vez mais conectado que vivemos, as transformações levam tempo para ocorrer, dependem do fortalecimento das relações humanas. E que o que fazemos hoje vai repercutir por décadas. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Não espere. Embarque nesta viagem!

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